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Foto do escritorMárcio Rodas

A Psicanálise de Freud – Parte I

Antes de começar a falar da psicanálise é importante primeiro apresentar quem foi o seu criador, que inclusive é aquele que deixou um enorme legado para toda a humanidade. Sigmund Freud, nasceu em 06 de maio na cidade de Freiberg em Moravia na província do Império Austríaco e que atualmente forma uma boa parte da República Tcheca.

Freud, foi educado sob as tradições e crenças da religião judia, elegeu a medicina como profissão e ingressou na universidade de Viena em 1873 titulando se em 1881. Formou-se aos 26 anos e foi ser clinico geral, fez algumas cirurgias e depois fez alguns cursos na área de psiquiatria e na área de neurologia.

Depois de não ter permanecido como assistente de investigação apesar de ter passado seis anos produtivos no instituto de investigação do Instituto Bruske, passou três anos no hospital Geral de Viena. Incluindo cinco meses na clínica psiquiátrica de Theodor Meynert onde atendeu seus primeiros pacientes histéricos e em que se interessou em um caso chamado de Anna O., que era atendido pelo seu colega Joseph Breuer.


O pensamento geral desta época era de que todos os fenômenos mentais, tudo que acontece dentro da nossa cabeça pode ser explicado de uma forma fisiológica, de uma forma médica. Breuer não encontrava nenhum fundamento físico para os sintomas de Anna O., mas a tratava com seriedade, até que depois de 18 meses concordaram mutuamente concluir suas relações profissionais passando então a abandonar o caso.

Freud, por sua vez, ficou fascinado com este caso quando Breuer o comentou e pode se dizer que demonstrou um interesse especial para o estudo da histeria e a formulação da psicanálise.

De fato, a psicanálise de Freud, exerceu uma enorme influência na psicologia e na psiquiatria e desde seu início se preocupou por elucidar os enigmas da personalidade e em particular da normalidade.

Sigmund Freud, sentado em um sofá confortável
Sigmund Freud, o pai da psicanálise

Freud, assinala que a psicanálise é o nome de um método que serve para investigar processos anímicos inconscientes dificilmente acessíveis por outras vias. Segundo ele, trata-se de uma tecnologia psicológica para tratar perturbações neuróticas e que vem para oferecer uma teoria da mente.

Posteriormente foi ampliando suas propostas e explicações para tudo relacionado com o ser humano. O saber psicanalítico redefiniu o que deveria ser ou estudar a psicologia, isto é a personalidade, a motivação e a psicopatologia, reforçando o interesse pelos aspectos sociais e para os relativos desenvolvimentos.


Fundamentos da Psicanálise


Em se tratando de psicanálise, seu corpo teórico constrói e explica o funcionamento do aparelho psíquico baseado na observação clínica como também parte do método patológico que a diferencia das demais teorias psicológicas e se ocupa de analisar o lado inconsciente.

A psicanálise por definição é um procedimento para investigação de processos mentais praticamente inacessíveis de outra forma, tem que ser através da fala e especialmente vivências internas e profundas como pensamentos, sentimentos, emoções, fantasias e sonhos, os chistes, os atos falhos, etc. Então a psicanálise é um método de investigação e de prática que não é só teoria, mas composto de técnica e prática.  

Freud, foi um teórico que desenvolveu basicamente duas coisas interessantes, ele deu voz ao inconsciente e logo em seguida a pulsão. Tendo descoberto e dado voz ao inconsciente e a pulsão, ele chega à psicanálise que é um método baseado em investigação para o tratamento das neuroses. Ele, vai trabalhar nestes estudos e entender de forma profunda antes para começar fazer uma teoria da mente, também vai estudar a histeria junto com Breuer que foi seu colega.

O Marco Zero da Psicanálise


Freud, atribui o descobrimento do método psicanalítico a Breuer pelo seu tratamento da paciente Anna O., quem havia desenvolvido sintomas histéricos ao cuidar do seu pai moribundo.

Estes sintomas apresentados pela paciente Anna O., eram deterioração visual, paralisia de braços e pernas, desorientação verbal e sua recusa em beber água em um copo. Breuer, ao presenciar um dos transes de Anna O., conseguiu relacionar estes sintomas histéricos com antigos traumas emocionais, que se associavam com o temor e a culpa que sentia pela morte do seu pai.

Também descobriu que Anna podia descarregar suas emoções negativas através de uma representação do episódio traumático original, processo que se chamava catarse, referindo se a liberação da tensão emocional, termo que usou Aristóteles. Depois da catarse, Anna, se sentia tranquila e jovial, então Breuer, chamou este método terapêutico “a cura pela palavra”.

Freud, começou a expandir um método semelhante com seus pacientes, e, mais tarde ele e Breuer, foram coautores de uma publicação chamada “Estudo da Histeria” em 1895.

Nesse trabalho eles descrevem os princípios teóricos da psicanálise e afirma que os sintomas histéricos são expressões de recordações reprimidas de traumas precoces, que se aliviam através da expressão catártica das recordações emocionalmente carregadas.


Na época, o principal especialista em histeria era Charcot, um famoso hipnólogo, hipnoterapeuta na França, quem fez contribuições importantes, já que considerava que a histeria era uma forma de patologia mental baseada na degeneração congênita do sistema nervoso e quem está sujeito a esta degeneração são suscetíveis a hipnoses.

Freud, ficou impressionado com as demonstrações públicas de Charcot sobre a histeria feminina e sua capacidade para induzir e aliviar os sintomas histéricos por meio da hipnose, porém, Freud, abandonou a hipnose logo que percebeu que não atingia aquilo que ele queria, e que a hipnose não era tão eficaz quanto ele achava que seria para os objetivos da psicanálise. Ele descobriu que podia identificar as ideias patológicas apenas deixando os pacientes relaxar e descreverem o que vier em suas mentes sem importar o que seja.

Este método ele denominou como “associação livre de ideias”.


Início do Movimento Psicanalítico de Freud


E foi em 1896 que o termo psicanálise, portanto foi cunhado por Freud para designar a sua própria abordagem, os seus próprios conceitos. Então quatro anos depois em 1900 lançou um livro que mudou muito a forma de ver os nossos processos psíquicos que foi “A interpretação dos sonhos”.

No entanto quando este livro foi lançado não teve tanta repercussão assim, mas no ano seguinte ele lançou um livro chamado à “Psicopatologia da vida cotidiana” e começou aparecer gente para estudar com ele para formar um círculo em torno desse gênio que era o próprio Freud.


De modo que em pouco tempo depois nomes como Yung, Adler e Otto Rank e outros nomes importantes começaram a formar uma sociedade psicanalítica, denominada “sociedade psicológica das quartas feiras,” surgindo então os primeiros psicanalistas que começaram a de fato criarem um movimento uma renovação da psicologia tendo como base esses preceitos fundamentais de Freud.

O componente essencial do tratamento psicanalítico era a expressão catártica das emoções associadas com as lembranças reprimidas. Os quais podem identificar por meio de estados de transes espontâneos, hipnoses, associação livre ou como depois afirmaria mediante sonhos, chistes e lapsos de linguagem.

Por definição, observa-se, então que a psicanálise é um método baseado em investigação para o tratamento das neuroses. Ela vem por meio de um acumulo sistemático de conhecimento sobre a mente obtidos através de procedimentos que gradualmente está tornando uma nova ciência.


Freud, vai chegar ao entendimento que a psicanálise é uma arte dentro da ciência e uma ciência dentro da arte, a arte no sentido de interpretações de entendimento da alma humana entendimento do inconsciente humano e é uma ciência por que Freud, vai comprovar que o inconsciente é real, que a pulsão existe e que nós temos aquilo que ele vai chamar de aparelho psíquico.

Graças a Freud, é possível entender que o ser humano não é só a parte biológica anatômica, mas também consiste de um aparelho psíquico de modo geral e essa é a psicanálise.

A obra de Freud, tem sido um legado muito importante para a psicologia e em especial para as escolas psicodinâmicas, sobretudo para a psicanálise.


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